Conservatória

Magia, aventura e canções de amor


Entrar em Conservatória pelo Túnel que Chora é como atravessar um portal para chegar a um lugar mágico, que a música, a gentileza e a tranquilidade escolheram para morar.




Resquícios da história do Brasil Colônia recebem o visitante nas paredes rústicas do túnel, cavado pela mão dos escravos para dar passagem à linha férrea, inaugurada por D. Pedro II.

Dos cascalhos de pedra dali retirados fez-se o pavimento das ruas de pé-de-moleque do centro de Conservatória.

O vilarejo tornou-se nacionalmente conhecido pelas serenatas que promove sob suas noites estreladas.


Uns falam que músicos acompanhavam a Coroa e se apaixonaram pela vila ou namoraram as moças locais e lá ficaram tocando nos saraus de época.

Outros contam sobre um violonista alemão que criou o hábito de tocar em noites enluaradas e passou a ser acompanhado por outros músicos.

A tradição criada pelo violonista é comemorada todo dia 30 de maio, quando se celebra o Aniversário do Seresteiro.

Em 2021, comemora-se 143 anos de tradição seresteira em Conservatória, uma das festas mais importantes do Calendário de Eventos.

Também conhecida como “Pedacinho do Céu”, a cidade das serestas – tocada em ambientes fechados - e das serenatas (apresentadas nas ruas, sob o sereno) oferece uma paisagem ao redor, de vales, rios e pequenas reservas de Mata Atlântica, com diversas espécies de árvores que deslumbram o olhar do visitante.

Por isso, trilheiros, ciclistas, jipeiros e motociclistas descobriram em Conservatória uma opção de turismo de aventura e ecológico, seja por caminhos que percorrem a Ponte dos Arcos, o Túnel do Capoeirão, a Serra da Beleza ou em trechos que atravessam os diversos distritos vizinhos, como Santa Isabel do Rio Preto, Parapeúna e Pentagna.


Jovens e admiradores de turismo de aventura descobrem os encantos das trilhas e passeios pela região de Conservatória.

Outros atrativos são a segurança e a tranqüilidade sentidas em todos os lugares. Quase não há desemprego em Conservatória, porque o turismo ocupa intensivamente a mão-de-obra local. Talvez por isso, não há crianças abandonadas nas ruas, flanelinhas, pedintes ou grades nas janelas.

E os índices de criminalidade são praticamente nulos. Assim, você pode caminhar tranquilamente pelas ruas ou pelo Túnel que Chora, nas madrugadas frias de Conservatória, sem sentir medo de seu semelhante, coisa rara em cidades turísticas próximas de grandes centros.



A música que transpira por todo o vilarejo, as placas que relembram antigas canções de amor afixadas na porta das casas, as rodas que se formam nas ruas para relembrar serestas, sambas-canção, chorinhos ou bossa nova... Tudo isso faz de Conservatória um lugar de pessoas gentis e solidárias, de comerciantes que batizam seus negócios inspirados pelo amor das antigas canções, como “Sonho Meu”, “Dó-Ré-Mi”, “Além do Horizonte”, “Bela Cigana”, “Lua Branca”, “Melodia” ou “Serenata de Amor”.